sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Queremos baianas e acarajés na Copa de 2014 #baianasnacopa


Queremos baianas e acarajés na Copa de 2014 #baianasnacopa

Queremos que a FIFA se comprometa com o Brasil, representado pelo ex-jogador Ronaldo, membro do Conselho de Administração do COL, a garantir espaços específicos ao redor dos estádios na Bahia para as baianas vendedoras de acarajés.
Uma resolução da FIFA proíbe qualquer comércio ambulante num raio de 2 km de todos os estádios da Copa do Mundo. Isso exclui vendedores de comidas tradicionais do Brasil. Eles 'permitem' os acarajés dentro dos estádios, mas não as baianas.
Sou presidente da Associação das Baianas de Acarajé e Vendedoras de Mingau (Abam), em Salvador, e trabalhamos todos os dias na salvaguarda de um dos patrimônios imateriais do Brasil, reconhecido pelo IPHAN, o "ofício das baianas de acarajé". Fazemos cursos, capacitamos, zelamos e orientamos essas mulheres desde 1992.
Claro que segurança, higiene e alimentação saudável devem estar entre as preocupações da organização de um evento tão grande e impactante, mas isso não pode ser influenciado por interesses de patrocinadores, como a rede McDonald's. Eles terão espaço garantido para seus hambúrgueres?
Já há uma comoção nacional em torno do assunto. Além de nós, o presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia, Márcio Caires (Griô), também pressiona. A notícia já indignou pessoas por todo o Brasil. E agora queremos, através desta petição, que Ronaldo amplifique nossa voz para garantir que a FIFA ouça.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Presente de Iyemanjá e Oxum


O Ilê Axé Oyá Tolá organizou o presente de Iyemanjá e Oxum no dia 27/10/2012 e contou com a participação do Egbé.





















sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Batizado




Posted by Picasa

Sessenta anos a serviço dos orixás

Marlon Marcos (jornalista e antropólogo)
Numa sociedade racista, intolerante, pouco dialógica e desinformada como a nossa, é imprescindível se registrarem datas comemorativas que perfilam a trajetória de luta e fé das damas do candomblé baiano, em especial de sacerdotisas como mãe Raidalva de Omolu, que, em 30 de setembro de 1950, foi iniciada nos mistérios do orixá, com apenas 7 anos de idade, dedicandose ininterruptamente a preservar fundamentos dessa religião ainda tão incompreendida (e desconhecida em suas minúcias) pela população majoritária deste País.
Pois é, esta mulher de 67 anos, nascida no Rio, foi iniciada pelo babalorixá Raimundo da Cruz, em seu terreiro no bairro de Pernambués, em Salvador, e desde sempre, nas imediações da já tradicional Avenida Hilda, adquiriu conhecimento litúrgico, fortaleceu alianças, cumpriu processualmente suas obrigações, para se tornar uma mulher sábia, que, sob a égide de Oxalá, Omolu e Oyá-Iansã, pudesse cumprir com dignidade e maestria o comando do importante terreiro Ilê Axé Oyá Tolá, localizado no município de Candeias, Bahia.
Esta senhora faz um belíssimo trabalho social para boa parte dos moradores de Candeias através do ambulatório médico e da creche – atende quase 100 crianças – que são mantidos pela Associação dos Amigos do Ilê Axé Oyá Tolá. Preocupa-se em servir aos orixás, levando ao seu povo saúde e educação, bemdentro dos princípios verdadeiros que devem comandar qualquer sacerdotisa, ainda mais sendo filha de Omolu, o senhor da terra, promotor da saúde e da doença, misteriosa entidade dona da beleza resplandecente dos 13 raios do sol e do silêncio funesto da morte.
Mãe Raidalva é uma militante religiosa do candomblé que prega o diálogo entre as culturas, defende mais o respeito do que a tolerância entre as religiões. Cuida dos seus filhos espirituais com absoluta dedicação, se entrega a resolver problemas sociais de sua comunidade com atitudes políticas e empreendedoras, marcando-se neste tempo como uma das nossas grandes iyalorixás.
Portanto, são 60 anos de axé escrevendo uma história que enche de orgulho o povo-de-santo da Bahia e do Brasil.
Publicado em 05 de outubro de 2010, no Opinião, do Jornal A Tarde